Não posso ser contra ao que está decidido e vai acontecer. A realização da Copa do Mundo de
2014, sendo eu a favor ou contra sua realização, ela vai mesmo acontecer no Brasil. Hoje ser contra
a Copa do Mundo de 2014 no Brasil dá popularidade. Todos os críticos, colunistas e jornalistas que
se manifestarem contra sua realização, trazem para si milhares de leitores e muitos aplausos.
2014, sendo eu a favor ou contra sua realização, ela vai mesmo acontecer no Brasil. Hoje ser contra
a Copa do Mundo de 2014 no Brasil dá popularidade. Todos os críticos, colunistas e jornalistas que
se manifestarem contra sua realização, trazem para si milhares de leitores e muitos aplausos.
Acredito piamente que quando o Presidente Lula ofereceu o Brasil para sediar a Copa do Mundo de
2014, fez com assessoria de seus gurus e, pesou muito na decisão a história do homem que foi se
queixar ao padre sobre suas dificuldades na vida.
2014, fez com assessoria de seus gurus e, pesou muito na decisão a história do homem que foi se
queixar ao padre sobre suas dificuldades na vida.
Certo dia, nosso presidente Luis Inácio Lula da Silva acorda, depois de ter uma daquelas noites mal dormidas, onde tudo que se passa na cabeça da gente é um filme dos nossos dias passados e futuros, onde um momento se mistura com o outro, sem termos bem certeza, onde começam ou terminam nossos pensamentos.
Ele acorda a Dona Mariza e pergunta a ela de quem é o verdadeiro poder. Dona Mariza ainda sonolenta responde: É teu, meu bem. Ela vira para o lado e começa a dormir de novo. Mas Lula indignado continua no diálogo que mais parecia um monólogo e diz: Não Mariza Letícia, não foi isso que eu perguntei – retruca Lula – quero saber quem foi que escreveu o livro que o Aécio Neves tem me falado tanto, ou será que ele está se referindo mesmo a mim?- Não sei, responde Dona Mariza. Vira-se novamente para o outro lado, enfia a cabeça no travesseiro e volta a dormir.
Lula então resolve telefonar ao Delfim Neto e perguntar a seu particular amigo e conselheiro, que prontamente diz se tratar de um livro escrito por Vicente Falconi, um dos consultores que assessorou o Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, na retomada e reengenharia administrativa durante o primeiro mandato. Falconi também é conhecido como um dos consultores de AmBev.
Com esta resposta dada por Delfim Neto, Lula diz que quer falar com os dois e foi assim que o ex-ministro, e Vicente Falconi se tornaram conselheiros do Rei, opa, do Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Quando eles chegaram ao Palácio, Lula foi logo de cara colocando o problema que lhe incomodava para que fosse resolvido, e com aquele tom de voz característico disse: “Companheiros. Passei a noite sem dormir e uma coisa está me incomodando muito, olhou para Delfim e continuou... Quero dizer a ti Delfim, que não adianta querer que eu leia O Príncipe, de Maquiavel, mesmo porque não tenho tempo de ler nem jornais, quanto mais estes livrinhos de cabeceira como tens dito ser este livro para ti.... Perdi o sono pensando nas coisas que já fiz pelo Brasil. Continuou Lula:
- Assim que eu terminar meu segundo mandato, eu não quero ser esquecido pelo povo. Lula dizia ter medo que ocorra com ele o que aconteceu com Itamar Franco e outros tantos presidentes que o Brasil já teve. Ele quer se tornar imortal como Getulio Vargas que sempre é lembrado pelas Leis Trabalhistas, como Juscelino Kubitschek – pela criação de Brasília.
Consciente dos problemas que assola o povo, Lula mesmo assim disse a eles ter feito de tudo pelo Brasil, como sempre pensou desde sua época de metalúrgico, mas sabia que as estradas estão um caos, mesmo que há menos de três anos tenha mandado tapar os buracos. Os aeroportos – impossíveis de serem usados, dizia o Presidente.
Eu que tenho viajado de avião praticamente todas as semanas, confirmo a grande preocupação do Presidente. Congonhas assim como o Aeroporto Internacional Salgado Filho que até sem luz tem ficado, foi reformado há pouco mais de seis meses e as pessoas levam mais de uma hora em filas para poder pegar um taxi. Filas homéricas. Caos total na aviação que chegou a receber o apelido de “apagão da aviação”. Eu esperava que o ministro Jobim tivesse resolvido o problema, mas não. Está cada vez pior.
O mesmo problema enfrentado com os aeroportos se enfrenta com os hotéis. Não se pode nem falar. Não tem hotel em Porto Alegre. Não tem hotel em Curitiba. Não tem hotel em Belo Horizonte.
Não existem hotéis descentes para os brasileiros, quanto mais para os turistas e, pasme companheiros - disse o Presidente Lula - mesmo assim, as pesquisas divulgadas hoje pelo Instituto Sensus, revelam que o índice de aprovação popular do meu governo é de 64%, o segundo melhor índice desde 2005.
Após listar os problemas, começa a fazer referência aos ganhos que o povo teve em seu governo e que, mesmo assim, sentia que os brasileiros não estavam satisfeitos. Continua Lula:
Criei e Bolsa-Família que atende mais de 12 milhões de famílias em todo o território nacional, com o valor do benefício para cada família variando entre R$ 22 e R$ 200. Criei o programa “Luz para Todos”. “A Bolsa-Escola”, que define claramente o dever de cada família em manter a criança estudando para receber o benefício financeiro. Mesmo assim o sou criticado. Vejam companheiros, o “Programa Bolsa-Alimentação”, que você Delfim, me recomendou, estabelece uma parceira com as mães que se comprometem a cumprir a chamada “Agenda de Compromissos”.
O que posso fazer para me tornar um imortal? O Zé - se referindo ao Senador José Sarney - tornou-se Imortal na Academia Brasileira de Letras em 1980, mas eu não vou escrever livros se nem ler jornal tenho lido, quanto mais ler um como O Livro Sem Fim de Rubem Alves, que David Coimbra tanto recomenda. Nem pensar...
Enquanto Lula conversa e coloca a eles sua vontade, seu desejo de imortalidade, Delfim Neto chega a pensar em recomendar que ele consulte o americano Ben Self, que mais tarde viria se tornar o guru da campanha de Barack Obama, até que surge uma luz, uma outra idéia e pergunta ao presidente:
- Senhor Presidente, o senhor conhece a história do favelado que perdeu o emprego e um padre o recomendou que comprasse uns bodes?
Lula salta do sofá, ainda vestido com um pijama marrom e xadrez (sim porque presidente tem que usar pijama xadrez) dizendo: Boa... de bode eu entendo.. sou nordestino.
Calma Presidente - diz Delfim Neto, - não é bem assim, mas vou lhe contar.
[...] Certa ocasião, um favelado que morava em uma casinha muito humilde, cheia de goteiras, com poucos cômodos, junto com seus filhos e sua mulher. Trabalhava como gari saindo cedo de casa, limpando ruas, o que lhe dava muito prazer, pois muitas vezes encontrava coisinhas úteis para presentear sua mulher e ora um filho, ora outro, até que assim como que do dia para noite foi demitido. A empresa estava se especializando e queria profissionais mais habilitados que falassem inglês, ou pelo menos espanhol.
Lula escuta atento, enquanto o Falconi pensa em mais outra estratégia, afinal tinha ajudado o Aécio Neves, tinha levantado a AmBev, logo teria também uma idéia para ajudar na imortalidade do Presidente Lula.
Chegou o homem no padre e contou sua triste história. O padre sem muito tempo para dar atenção fiel, disse ao favelado;
- Irmããõo (padre fala espichado) compre um bode e coloque na sala de sua casa. Mas padre...tentou justificar o favelado que foi logo interrompido, Faça isso e volte daqui uma semana.
Como o homem tinha recebido o fundo de garantia, separou uma parte e foi em busca do bode como o padre tinha lhe recomendado. Depois de uma semana voltou no padre e diz:
- Padre..... minha casa esta um horror. Goteira por todos os cantos...., meus filhos chorando, minha mulher querendo me abandonar e eu ainda não consegui nenhum emprego e o bode está destruindo tudo que resta no meu barraco.
O Padre olha para o homem e diz:
- Faz o seguinte, compre outro bode e volte daqui uma semana.
Dirceo, conseguistes sintetizar o pensamento de muitos pessoas de bem, justas, que procuram um Brasil melhor para as próximas gerações. Infelizmente a impunidade aliada a falta de cultura de nosso povo (até parece coincidência) leva ao continuismo, a falta de um programa a longo prazo para erradicação da pobreza e do analfabetismo. Enquanto isto.... Só para lembrar, a Venezuela é logo alí.
ResponderExcluirConcordo com o ótimo texto. Assim como também concordo que teremos momentos de dificuldades até atingirmos uma melhor situação de infraestrutura viável para sediar tal evento. Mas é assim mesmo, se até para duplicar uma estrada temos que aturar um tempo de caos, imaginemos para melhorar um país!
ResponderExcluirUma frase que sempre lembro e carrego diariamente: "crescemos nos momentos de dificuldade". Outra ainda: "para um empreendedor, uma crise significa oportunidade". E em último caso, se a dívida interna começar a fugir do controle (como alerta meu guru financeiro Carlos Nunes) tenho outra de extremo otimismo, mas que preso muito: "Por mais escura que esteja a noite, o amanhecer sempre chegará".
Grande abraço a todos.