Os gatos fascinam o homem. Não sei se é este o mesmo
sentimento deles, de fascínio pelo homem. Acho que não. Acho que o gato fica
pensando sobre o que este povo todo está querendo!!!
A população felina aumenta dia a dia, tanto é verdade
que no Brasil, a população de gatos domésticos cresce o dobro em comparação com
a de cães, dizem que é por eles dependerem menos de seus donos, que eles dão
menos despesas e vivem melhor em apartamentos.
Tenho muitos amigos que adotaram estes bichinhos e
sofrem muito por eles. Minha mãe dá abrigo a todo gato abandonado na porta de
sua casa. Minha Personal Trainer mora com dois gatos que antes nunca tinham saído
do apartamento. Um amigo de infância tenta me convencer com o argumento que. "Gato é um ser completamente fiel. Ter gato,
conviver com gatos é tudo de bom", diz ele.
Mas o gato dele sumiu. Tudo passou pela cabeça dele .
Poderia ter sido aquele troglodita que um dia passeava na calçada com o cachorro, cachorão com cara de mau, com cara de pitbull, igual a do dono, cachorro solto sem guia, e que ferozmente quis pegar "O Gothinho" – Sim "O Gothinho" assim mesmo, com th, que é o
nome do gato preto, em homenagem a um outro gato que viveu anos com ele e se
chamava “a Gotinha” – Este é meu amigo, que guarda no peito uma dor enorme, uma
dor impagável, por travessuras de guri, feitas aos gatos durante sua infância. Não fora por maldade como os jovens de Pelotas fizeram, ao amarrar um cachorro ao carro e percorreram
as ruas da cidade esquartejando o pobre cão. Não!!! Meu amigo não foi tão mau assim, mas fez arte de guri. Fez arte de guri arteiro como ele sempre foi. Fez arte
como um “The Crazy" , mas não tão
pesada como a de colocar uma bombinha amarrada no rabo do gato para ver ele
correr. Não, meu amigo não foi tão mau assim.
Meu amigo nunca brincou de médico, abrindo a
barriguinha dos gatos para depois fechar. Isso não.
Mas meu amigo não aguentava ouvir o gozo dos gatos na
calada da noite. Falando nisso, quem nunca no silêncio da noite escutou o
namoro dos gatos, em um gozo que se confunde a um prazer, a um frenesi ou a um
lamento?
É, mas os gatos encantam a muitos, como diz o famoso
Psicoterapeuta Claudio Pfeil, que já comentei sobre ele, comentei sobre seu
livro “Diário de um Analisando em Paris” onde ele escreve que “Os gatos sempre nos fascinaram e continuam a nos fascinar porque não estão
numa relação de demanda, de espera em relação ao seu dono”. Continua Claudio
Pfeil. “Eles são domésticos, mas não se deixam domesticar. Desde sempre são a imagem da independência, da liberdade,
do gozo...”
E foi isso que aconteceu com "o Gothinho", a imagem da independência,
da liberdade, do gozo sem poder gozar por ter sido castrado, da rua. Lá se
foi "o Gothinho". Ele sumiu.
Cartazes pelas ruas propondo polpudas gorjetas, gorjetas em dólar, a que
encontrasse o gato preto.
Chamadas no facebook, foto do gato nos postes, tudo
foi feito sem sucesso. O gato preto sumiu.
Quando já sem esperança de encontra-lo. Quatro
meses tinham se passado, eis que bate na porta de sua casa um senhor, senhor alto,
cabelos calvos. Jeito de responsável. Homem bem trajado e com um gato preto no colo:
- Senhor, eu vim lhe devolver o gato e, por favor, me
deixe contar como foi.
Meu amigo sorria e só imaginava a hora que faria
surpresa a sua esposa. Imaginava o sorriso, o choro e a alegria dela quando
ouvisse ele dizer “Amor!!! o Gotinho voltou”, mas se conteve e pediu para que o homem, com postura de um lord inglês, contasse a história que começa assim:
-
Certa noite, eu e minha esposa jantávamos nesta Pizzaria ao lado de sua casa, quando
avistamos no bueiro da rua, dois olhinhos brilhantes e curiosos nos fitando,
com olhos de pedinte.
Era
do gatinho preto.
Minha
esposa, que tem em casa outros quatro gatos, insistia comigo para levarmos ele também,
pois onde come quatro come cinco.
Eu
disse que não. Disse que o gato deveria ter dono. Mas ela insistiu, e o senhor
sabe com é uma mulher insistindo no ouvido do homem a noite toda. Terminei
cedendo e como o gato ficou nos olhando até o final do jantar. Na saída levamos
o gato.
Eu queria dar a ele o nome de “Dark”. Uma, por ser ele
escuro e outra, em homenagem a música de Katy Perry – Dark Horse, que eu gosto muito, mas ele não
era nosso cavalo, ele era o nosso “Dark Cat”. Foi quando minha esposa, como sempre, muito mandona, disse que não, disse que o nome seria Dart e não Dark. Dart, coisa de mulher, ela sempre foi fã do bandido todo de preto da famosa série "Guerra nas Estrelas", de Jorgo Lucas, e assim em homenagem a Dart Vaider, ficou Dart
Todas
as vacinas foram feitas, - disse o homem - até o dia em que resolvi trazer nesta Pet, também ao lado
de sua casa, para castrar “o Dart”. (maldita hora para mim e bendita hora para o senhor). Foi quando a veterinária disse que o gato já
era castrado e um dia pertenceu ao senhor e por ter pertencido ao senhor,
estou aqui, com o coração partido lhe devolvendo o gato que um dia foi seu. Pois sei o quanto vocês devem ter
sofrido, pois assim, como o gato foi castrado, a perda dele para vocês, deve ter
sido também uma forma de castração de sentimentos e a castração, meu amigo, é o
bilhete de entrada do neurótico no mundo. Isto está escrito no livro – Diário de
um Analisado.
"A castração é o bilhete de entrada do neurótico no mundo.
O psicótico é aquele que se recusou a comprar o bilhete,
não quis pagar o preço da castração"
O psicótico é aquele que se recusou a comprar o bilhete,
não quis pagar o preço da castração"
Nota da Internet
Gatos
Em relação à presença de gatos, 17,7% dos domicílios possuem pelo menos um, o equivalente a 11,5 milhões de unidades domiciliares. Os piauienses são os maiores amantes dos gatos, já que há pelo menos um em 34,2% dos seus domicílios. O Distrito Federal, com 6,9%%, é a unidade da federação em que menos lares têm gatos.
Em relação à presença de gatos, 17,7% dos domicílios possuem pelo menos um, o equivalente a 11,5 milhões de unidades domiciliares. Os piauienses são os maiores amantes dos gatos, já que há pelo menos um em 34,2% dos seus domicílios. O Distrito Federal, com 6,9%%, é a unidade da federação em que menos lares têm gatos.
A população de gatos em domicílios brasileiros foi
estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 gatos por
domicílio que tem esse animal.
Dirceo com sua abundante habilidade com as letras, descreveu com fidelidade ímpar o fato ocorrido com nosso "pet" Gothinho. De fato num mixto de remorso entre minhas travessuras levemente sadicas da infância, me converteram num afetuoso "pai adotivo" de felinos! Hoje eu os abrigo, alimento, protejo até ferozmente e afago com o coração mole cheio de amor incondicional! Talvez nem retribuído. Não importa!
ResponderExcluirFiquei muito Feliz com a volta do meu gatinho depois de 4 meses. Era um bebê e voltou um adolecente e neste mês fez 5anos.
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